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Campeã olímpica diz que foi vítima de abuso sexual por médico da equipe

Em fevereiro, o profissional de saúde foi acusado 22 vezes por agressões sexuais, inclusive a menores de 13 anos de idade

18/10/2017 - 17h35

AFP

McKayla Maroney é campeã olímpica (Foto: Reprodução )

"Larry Nassar, médico do time feminino de ginástica e da seleção olímpica, abusou de mim", garantiu a atleta nas redes sociais na terça-feira (17). Maroney conquistou uma medalha de ouro e outra de prata nas Olimpíadas de Londres, em 2012.


A denúncia pública não abre a caixa de Pandora, mas reforça a polêmica em torno de Nassar, preso preventivamente por abusos sexuais contra ginastas durante 20 anos. 


Em fevereiro, o médico foi acusado 22 vezes por agressões sexuais, inclusive a menores de 13 anos de idade. Nassar integrou o time dos Estados Unidos entre 1996 e 2016, com experiência em quatro Jogos Olímpicos. "Sei o difícil que é falar publicamente de algo tão horrível e tão pessoal, porque também aconteceu comigo", explicou Maroney em carta publicada no Twitter.


A medalhista acompanhou seu depoimento com a hashtag #MeToo (eu também, em português), popularizada nas redes sociais para denunciar comportamentos sexuais abusivos contra mulheres. O movimento começou após atrizes acusarem o poderoso produtor Harvey Weinstein de estupro, agressão ou assédio.


"As pessoas devem saber que isto não acontece apenas em Hollywood. Acontece em todos os lugares. Sonhava em ir aos Jogos Olímpicos, mas as coisas que tive que passar para chegar lá foram desnecessárias e repugnantes", contou.


"Tudo começou quando tinha 13 anos e não acabou até eu deixar o esporte", sublinhou. Maroney revelou ter sofrido abusos antes da disputa por equipes em Londres, vencida pelos EUA, e antes da final do salto, em que terminou na segunda colocação.


- "Nunca é tarde" -


A campeã olímpica agora tem 21 anos e revelou que Nassar dizia ser necessário aplicar "um tratamento médico que ofereceu à pacientes há mais de 30 anos".


"Parecia que cada vez que este homem podia, eu deveria ser 'tratada'", manifestou.

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