O 1º site político de Mato Grosso do Sul   |   20 de Abril de 2024
Publicidade

Auditor da Receita é suspeito de receber R$ 160 milhões em propina da JBS

Grupo dos irmãos Batista teria pago R$ 160 milhões para agilizar liberação de créditos tributários. 

11/12/2017 - 09h18

G1

Polícia Federal, MPF (Ministério Público Federal) e Receita Federal deflagraram, na manhã desta segunda-feira (11), uma operação para investigar o pagamento de R$ 160 milhões em propinas a um auditor para acelerar a liberação de R$ 2 bilhões em créditos tributários a empresas do grupo JBS, dos irmãos Wesley e Joesley Batista.


O auditor já foi afastado judicialmente e oito pessoas físicas e jurídicas tiveram os bens bloqueados por suspeita de envolvimento no esquema.


Ao todo, 14 mandados de busca e apreensão são cumpridos na operação, batizada de Baixo Augusta. Eles têm como alvos residências e empresas em São Paulo, Caraguatatuba, Campos do Jordão, Cotia, Lins e Santana do Parnaíba.


Na capital paulista, os policiais visitaram o posto da Receita Federal onde o auditor investigado trabalhava, na Rua Augusta, e também o escritório e a casa dele, ambos no bairro de Santana, na Zona Norte da cidade.


A investigação teve início a partir do acordo de delação premiada selado com executivos da JBS - trata-se de um desdobramento da Lava Jato.

Policiais federais e servidores da Receita saíram às ruas nesta manhã (Foto: G1)

Os delatores contaram que um auditor-fiscal recebeu altas quantias de dinheiro para agilizar, ilicitamente, a liberação de recursos que a empresa teria a receber da Receita a título de créditos tributários. A denúncia foi encaminhada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) à Justiça Federal de São Paulo porque não envolve pessoas com foro privilegiado.


De acordo com a PF, há indícios de que o esquema de corrupção funcionou por mais de uma década, entre 2004 e 2017. Aproximadamente R$ 160 milhões em propina teriam sido movimentados no período.

As transações, segundo a polícia, aconteciam por meio de empresas de fachada e da emissão de notas fiscais falsas, e ajudaram a JBS a obter cerca de R$ 2 bilhões antecipadamente.

Leia Também
Comente esta notícia
0 comentários
Mais em Geral
Colunistas
Ampla Visão
Copyright © 2004 - 2015
Todos os direitos reservados
Conjuntura Online