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Inquérito indicia André Puccinelli, seu filho e ex-secretária de Educação

No total, 25 pessoas foram indiciadas por lavagem de dinheiro pela Polícia Federal.

18/01/2018 - 11h39

G1 MS

André foi levado na viatura da PF para prestar depoimento (Foto: Topmídia)

A Polícia Federal concluiu o inquérito da quinta fase da operação Lama Asfáltica, a Papiros de Lama, e indiciou 25 pessoas por lavagem de dinheiro, entre as quais o ex-governador André Puccinelli, seu filho, André Puccinelli Júnior e a ex-secretária de Educação, Maria Nilene Badeca da Costa.


O inquérito foi encaminhado para a 3ª Vara da Justiça Federal em Campo Grande e seguiu para análise do Ministério Público Federal, que definirá com base na documentação apresentada pelo inquérito se vai pedir mais informações ou se apresenta ou não denúncia contra os indiciados à Justiça Federal.


O advogado do ex-governador e do seu filho, Renê Siufi, disse ao G1 que vai aguardar o posicionamento do MPF para se manifestar. Já o advogado André Borges, que representa outros dois indicados, Jodascil Gonçalves Lopes e João Paulo Calves, disse que o procedimento é equivocado e que não deve ser acolhido pelo MPF.


"O indiciamento é equivocado, representando apenas o entendimento da autoridade policial, que chegou a pedir prisão que foi considerada ilegal 48 horas após; acredita a defesa que o trabalho da PF não será acolhido pelo MPF (que pode denunciar ou não). Se for acolhido, será rejeitado pela Justiça Federal, pela fragilidade e não caracterização de qualquer crime", afirmou ao G1.


O G1 também entrou em contato com a ex-secretaria de Educação, no Instituto Educatores, em Brasília, mas ela disse que estava em uma reunião e que não poderia atender a reportagem no momento, mas que ligaria depois. Entretanto, até a publicação da matéria não houve o retorno.


Prisões


No dia em que foi deflagrada a quinta fase da Lama Asfaltica – Papiros de Lama, em 14 de novembro de 2017, o ex-governador e seu filho foram presos. Os dois chegaram a passar a noite no Centro de Triagem, no Complexo Penitenciário de Campo Grande, mas no dia seguinte, conseguiram um habeas corpus e foram soltos. Na ação também foram presos Jodascil Gonçalves Lopes e João Paulo Calves.


Na época que a ação foi desencadeada, o ex-governador André Puccinelli foi apontado como chefe de um esquema de propina existente há mais de 10 anos em Mato Grosso do Sul. O montante de desvio comprovado, até aquele momento pelas investigações era de R$ 235 milhões, conforme divulgou o delegado da Polícia Federal, Cléo Mazzotti.


O delegado explicou na apresentação dos resultados da operação que o ex-governador mantinha as operações com empresas envolvidas na lavagem de dinheiro. Durante o período de varredura dos documentos, o pecuarista Ivanildo da Cunha Miranda teria entrado em contato com a Polícia Federal para obter o benefício da delação premiada.


O chefe da CGU (Controladoria-Geral da União) em Mato Grosso do Sul, José Paulo Barbiere, disse na época que os suspeitos deverão devolver cerca de R$ 22 milhões na forma de GRU [Guia de Recolhimento da União]. Segundo ele, o valor é mais um prejuízo que foi causado ao funcionalismo público.

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