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Asma afasta meia Marcos Vinícius do Botafogo no início da temporada

Jovem espera processo de atualização de medicamento e por isso não vem sendo relacionado nos últimos jogos. 

19/02/2018 - 11h12

Globo Esporte

Marcos Vinícius se prepara para retornar ao Bota (Foto: Reprodução)

Após altos e baixos em seu início no Botafogo, Marcos Vinícius começou bem a temporada, fazendo gol e salvando o time no último minuto contra a Portuguesa, na estreia do Campeonato Carioca. Mas, desde então, não foi mais relacionado e sequer teve chance de ajudar o time a se classificar na Copa do Brasil e na Taça Guanabara. E a torcida, até pela má fase do Alvinegro, sente a falta do meia e se pergunta: por que ele não é mais utilizado?


Boatos em redes sociais já inventaram desde caso de indisciplina a uso de drogas para justificar sua presença nos treinos e ausência nos jogos, mas não procedem. Tampouco que ele está machucado. O motivo para estar afastado das partidas no início da temporada é um problema antigo: a asma. O jovem de 22 anos tem dificuldades respiratórias e usa no tratamento um remédio que, de tempos em tempos, precisa ser atualizado e autorizado pela CBF.


O medicamento consta entre os proibidos pela Comissão Nacional de Controle de Doping. Porém, não só Marcos Vinícius mas qualquer jogador com asma se enquadra no artigo 3 do Regulamento de Controle de Doping da CBF, que diz: "atletas asmáticos necessitam eventualmente usar Beta-2 agonistas ou corticosteróides. Nestes e em outros casos, torna-se necessário contatar a CCD (Comissão de Controle de Doping) da CBF para solicitar o Formulário de Isenção para uso Terapêutico".


Com problemas respiratórios desde o início da carreira, Marcos Vinícius começou a fazer tratamento ainda nos tempos de Náutico. Quando passou pelo Cruzeiro, em 2015, o clube também precisou solicitar essa atualização na CBF e chegou a comentar o caso em nota oficial. É o mesmo passo que cumpre o Botafogo agora. Sem essa autorização, um jogador que usa este tipo de remédio vai testar positivo se for sorteado para o exame antidoping após os jogos.


A asma é uma doença respiratória que afeta de 10% a 25% da população no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde. Marcos Vinícius descobriu o problema em 2012 quando começou a cansar muito rápido nas partidas. Foi mais uma dificuldade que o meia, de infância humilde em Ipirá, no interior da Bahia, precisou enfrentar no início de sua carreira. Tímido, ele não gosta de comentar e chegou a chorar certa vez em coletiva no Cruzeiro.


– Eu já sofri bastante com esta asma que eu tinha lá no Náutico, gosto nem de falar que eu fico emocionado. Deus me ajudou para chegar até aqui, minha família precisa muito de mim. Vou agarrar esta oportunidade para que eu possa vencer na vida e ajudá-los – disse na época.


Apesar do respaldo de um tratamento antigo, o Botafogo é cauteloso e espera ter a autorização da CBF para poder voltar a relacionar o jogador sem correr riscos. A expectativa é de que a liberação chegue nos próximos dias, e o meia, que se destacou no ano passado, possa voltar a disputar uma vaga no time titular neste início de trabalho do novo treinador, Alberto Valentim.


Melhores números do que no Cruzeiro


Escolhido por Jair Ventura na troca com o Cruzeiro por Sassá, Marcos Vinícius chegou ao Botafogo em junho do ano passado. Em seis meses, disputou 25 jogos com cinco gols marcados, jogando mais do que em sua temporada mais atuante na Raposa, que teve 23 partidas e três bolas na rede em 2015. Em 2016, sofreu com contusões e fez apenas 13 jogos.

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