O 1º site político de Mato Grosso do Sul   |   23 de Abril de 2024
Publicidade

'Prévia' do PIB do Banco Central registra crescimento de 0,49% em novembro

Estimativa do governo é que o PIB tenha registrado expansão de 1,1% em 2017; resultado será divulgado pelo IBGE em março.

15/01/2018 - 08h42

G1

Banco Central do Brasil (Foto: Divulgação)

O nível de atividade da economia brasileira continuou a registrar crescimento em novembro, segundo informações divulgadas pelo Banco Central nesta segunda-feira (15).


O chamado IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do BC ), considerado uma "prévia" do resultado do PIB, que é divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ), teve expansão de 0,49% em novembro, na comparação com outubro. 


O resultado foi calculado após ajuste sazonal (uma espécie de "compensação" para comparar períodos diferentes).


Quando comparado a novembro de 2016, o IBC-Br cresceu 2,82% (neste caso, sem ajuste sazonal).

Novembro foi o terceiro mês seguido de alta do indicador. O IBC-Br registrou crescimento em sete dos onze meses de 2017 (o resultado de dezembro será conhecido apenas em fevereiro de 2018).


Os números do BC mostram ainda que, de janeiro a novembro de 2017, o indicador do nível de atividade registrou uma expansão de 0,97%, sem o ajuste sazonal. Com o ajuste, o aumento foi de 1,06%.


No acumulado em 12 meses até novembro, a prévia do PIB (indicador dessazonalizado) do Banco Central registrou crescimento de 0,73% (sem ajuste, a alta é de 0,68%).


Produto Interno Bruto


O PIB (Produto Interno Bruto) é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.


Em 2016, o PIB teve uma retração de 3,6%. Para 2017, porém, o governo estima que a economia vai voltar a crescer. A expectativa é que a expansão seja de 1,1% e o resultado oficial será divulgado pelo IBGE em março.


Para 2018, a expectativa é que o PIB brasileiro cresça 3%.


O IBC-Br foi criado para tentar antecipar o resultado do PIB, que é divulgado IBGE. Os resultados do IBC-Br, porém, nem sempre mostraram proximidade com os dados oficiais do PIB.

O cálculo dos dois é um pouco diferente - o índice do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos.


O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária.


Atualmente, a taxa Selic está em 7% ao ano, na mínima histórica, e a estimativa do mercado é de que recue para 6,75% ao ano em fevereiro.


Pelo sistema que vigora no Brasil, o BC precisa ajustar os juros para atingir as metas preestabelecidas de inflação. Quanto maiores as taxas, menos pessoas e empresas ficam dispostas a consumir, o que tende a fazer com que os preços baixem ou fiquem estáveis.


Para 2018, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Desse modo, o IPCA, considerado a inflação oficial do país e medida pelo IBGE, pode ficar entre 3% e 6%, sem que a meta seja formalmente descumprida.

Leia Também
Comente esta notícia
0 comentários
Mais em Economia
Colunistas
Ampla Visão
Copyright © 2004 - 2015
Todos os direitos reservados
Conjuntura Online