O ministro mais próximo do presidente Michel Temer, o chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou em entrevista ao G1 que a mudança no teto do rombo do ano que vem, anunciada nesta semana, foi calculada pela área econômica do governo levando "em consideração" uma eventual aprovação da reforma da Previdência Social.
Ou seja, a previsão de déficit de R$ 159 bilhões para 2018, segundo ele, pode sofrer impacto se os congressistas não aprovarem as novas regras previdenciárias propostas no ano passado pelo governo Temer.
"A [nova] meta [fiscal] de 2018 leva em consideração, sim [a reforma]. Portanto, é fundamental, é indispensável para o Brasil, é indispensável para os brasileiros que a gente tenha a aprovação da reforma da Previdência", disse.
Na entrevista ao G1, Padilha disse que, pelo menos em 2017, o rombo previdenciário não impactará na proposta que foi enviada nesta quinta (17) ao Congresso para elevar de R$ 139 bilhões para R$ 159 bilhões a meta fiscal deste ano.
Em véspera de ano eleitoral, até mesmo parlamentares que integram a base aliada do Palácio do Planalto têm sinalizado resistência em apoiar o governo na reforma da Previdência. O Executivo federal e aliados de Temer no Congresso Nacional reconhecem que, atualmente, o governo não tem votos suficientes para aprovar a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que modifica as regras previdenciárias.