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ONS descarta risco de desabastecimento, mas diz que conta de luz ficará mais cara

Diretor-geral da Aneel adiantou que consumidor pagará tarifa extra até novembro

17/05/2017 - 15h59

G1

Diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Eduardo Barata (Foto: G1)

Devido ao período seco e consequente baixa nos reservatórios de água do Brasil, os consumidores deverão pagar mais caro pelo consumo de energia elétrica. O risco de desabastecimento, no entanto, está descartado. 


Foi o que afirmou nesta quarta-feira (17) o Diretor-geral do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), Luiz Eduardo Barata durante evento do setor elétrico no Rio.


“Ao longo do período seco o preço [da conta de luz] vai subir porque nós vamos cada vez mais necessitar das nossas usinas térmicas”, afirmou Barata. Ele destacou, no entanto, que ainda não há uma projeção de quanto será o aumento nas contas.


O diretor da ONS afirmou que “nós não temos risco de desabastecimento” e enfatizou, também, que “risco de racionamento não tem”. Entretanto, defendeu a necessidade de conscientização da população para o consumo consciente da energia elétrica.


“É preciso que a sociedade seja esclarecida de que ela tem algum controle sobre isso, então que ela use da melhor maneira a eletricidade”, destacou Barata.


A previsão de aumento nas contas foi confirmada pelo diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino. Segundo ele, até pelo menos novembro, quando tem início o período chuvoso, será mantida a cobrança da tarifa vermelha.


“O patamar de despacho de térmicas aponta que vamos seguir com a bandeira vermelha. Eu diria que a não ser que aconteça um evento excepcional, esta é a tendência”, afirmou Rufino.


A bandeira vermelha voltou a ser cobrada em abril. Ela implica em uma cobrança extra de R$ 3 a cada 100 quiloWatts-hora (kWh) consumidos. Desde fevereiro do ano passado, foi a primeira vez que esta bandeira tarifária foi cobrada. Em março, vigorou a bandeira amarela, que estabelece a cobrança extra de R$ 2 para cada 100 kWh consumidos). Em fevereiro, ela estava na cor verde (sem cobrança extra).


Segundo a ONS, a estimativa é que ao final do período seco, em novembro, os reservatórios do Sudeste, onde estão os maiores reservatórios de água do país, estejam em 20% de sua capacidade. No Nordeste, a previsão é de que não chegue a 10%.


Devido a estas projeções da seca, o governo estuda veicular uma campanha de conscientização da sociedade para o consumo consciente de energia elétrica.


“É mais que oportuno conscientizar o consumidor para usar de maneira racional a energia elétrica. Não deixar de consumir o que é necessário, mas consumir de maneira racional”, disse o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino.


Rufino destacou que ainda não há previsão de quando a campanha será veiculada. Há uma preocupação do governo de que a ação seja mal interpretada pela população, conforme ponderou o diretor do órgão regulador.


“A gente sabe que é uma campanha em que a comunicação é muito delicada. O sucesso tem muito a ver com a habilidade de comunicar, para não se passar uma ideia de que não deve consumir energia. Pode consumir, está seguro o abastecimento”, afirmou Rufino.

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