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Inflação oficial acumulada no ano é a menor para novembro desde 1998

De outubro para novembro, IPCA perdeu força, segundo o IBGE.

08/12/2017 - 10h15

G1

Arroz e feijão acumulam queda de preços de janeiro a novembro (Foto: Estúdio Luz)

A inflação de produtos e serviços desacelerou no Brasil e acumula, no ano, avanço de 2,5% - o mais baixo para o mês de novembro desde 1998, segundo informou nesta sexta-feira (8) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O resultado representa menos da metade da taxa registrada no mesmo período de 2016.


Os preços de alimentos e bebidas, que têm o maior peso no cálculo do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), acumulam queda de 2,4%, a mais intensa desde a implementação do Plano Real em 1994, de acordo com o IBGE. A alimentação fora de casa está 5,25% mais barata, e alguns alimentos como feijão, arroz, farinha e açúcar custam até 40% menos.


"Safra recorde fez com que alimentos ficassem mais baratos. Foi o principal fator", disse Fernando Gonçalves, gerente de índices de preços ao consumidor do IBGE.


Se por um lado o preço dos alimentos caiu, o do gás de cozinha subiu 14,75%. O impacto no índice geral de preços não foi maior porque seu peso no cálculo não é tão grande quanto o dos itens de alimentação.


Índice acumulado em outros grupos de despesa:


Artigos de residência: -1,51%
Habitação: 6,68%
Vestuário: 2,02%
Transportes: 2,84%
Saúde e cuidados pessoais: 6,09%
Despesas pessoais: 3,96%
Educação: 6,94%
Comunicação: 1,87%

De outubro para novembro

A alta de preços também perdeu força de outubro para novembro. O IPCA ficou em 0,28% no penúltimo mês do ano, depois de avançar 0,42% em outubro.


Nessa base de comparação, caíram os preços de alimentação e bebidas (-0,38%) e artigos de residência (-0,45%)


"A desaceleração se deve basicamente aos alimentos. O ano de 2017 teve uma safra muito boa, histórica. Embora em novembro [o preço das] hortaliças comecem normalmente a subir, alimentos como ovos e feijões, que já vinham em queda, tiveram uma queda ainda mais acentuada. E algumas frutas, como bananas, também tiveram deflação. Houve oferta maior de alimentos", disse Gonçalves.


O recuo do IPCA no mês não foi maior porque os preços relativos a habitação subiram 1,27%, sob influência, principalmente, da energia elétrica mais cara (4,21%, em média). Só em Goiânia, a energia elétrica subiu 14,40%. Também subiram os preços de gás de botijão (1,57%) e taxa de água e esgoto (1,32%).


Com o aumento dos preços da gasolina (2,92%) e do etanol (4,14%), o grupo de despesas com transportes avançou de 0,49% para 0,52%. Por outro lado, as passagens aéreas ficaram 10,03% mais baratas em novembro.

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