O governo deve anunciar nesta segunda-feira (14) que vai propor um aumento da meta de rombo fiscal deste ano e de 2018 para R$ 159 bilhões, segundo apurou o G1 com a área econômica.
O aumento do rombo, neste ano, seria de cerca de R$ 20 bilhões, pois a meta atual é de um déficit primário de até R$ 139 bilhões (despesas maiores do que receitas, sem contar juros).
Para 2018, a autorização seria para um déficit fiscal de cerca de R$ 30 bilhões maior nas contas do governo, visto que a meta, atualmente, é de R$ 129 bilhões para o ano que vem.
No somatório dos dois anos, o rombo ficaria cerca de R$ 50 bilhões maior.
Para entrar de fato em vigor, porém, as novas metas teriam de ser aprovadas pelo Congresso Nacional.
Com a proposta, se confirmada, o déficit primário das contas do governo neste ano e em 2018 ficaria próximo do registrado no ano passado - quando somou R$ 159,47 bilhões, pelo conceito "abaixo da linha", usado pelo Banco Central e considerado para balizar as metas fixadas.
A dificuldade em atingir a meta de um rombo de até R$ 139 bilhões e de R$ 129 bilhões em 2018 está relacionada com o baixo nível de atividade da economia - que ainda se recupera de um cenário recessivo, e isso tem afetado a arrecadação de tributos.
Ao mesmo tempo, o governo também tem dificuldade em conter as despesas totais, visto que a maior parte delas (cerca de 90%) são obrigatórias.