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Dólar encosta em R$ 3,35 após derrota do governo em Comissão do Senado

Na véspera, moeda norte-americana caiu 0,07%, a R$ 3,2849 na venda

20/06/2017 - 15h01

Por G1

Homem conta notas de dólar em casa de câmbio no Cairo, Egito (Foto: Reuters )

O dólar opera em alta nesta terça-feira (20), encostando em R$ 3,35, após a CAS (Comissão de Assuntos Sociais) do Senado rejeitar o texto principal da reforma trabalhista, sinalizando uma derrota do governo do presidente Michel Temer no Congresso Nacional.


Às 15h19, a moeda norte-americana avançava 1,25%, a R$ 3,3261 na venda, depois de atingir a máxima de R$ 3,3426, maior patamar intradia desde 19 de maio (R$ 3,3471), segundo a Reuters Veja a cotação do dólar hoje.


Na véspera, o dólar fechou em queda de 0,07%, a R$ 3,2849 na venda.


O Banco Central brasileiro vendeu integralmente a oferta de até 8,2 mil swaps cambiais tradicionais - equivalente à venda futura de dólares - para rolagem dos contratos que vencem julho. Com isso, já rolou US$ 4,1 bilhões do total de US$ 6,939 bilhões que vence no mês que vem.


Cenário político


A CAS (Comissão de Assuntos Sociais) do Senado rejeitou, por 10 votos a 9, o relatório da reforma trabalhista elaborado pelo senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), que era favorável ao texto aprovado pela Câmara. A proposta vinha sendo utilizada pelo governo para demonstrar que ainda tem força no Congresso.


"O sinal é muito ruim... de perda de força de Temer", afirmou o economista da gestora Infinity, Jason Vieira, em comentário, informa a Reuters.


A crise política que acertou em cheio o governo após delações de executivos do grupo J&F soou o alarme entre os investidores sobre o rumo das reformas, em especial da Previdência, no Congresso. Por isso, a cautela tem sido a tônica dos mercados financeiros nas últimas semanas.


Além disso, deixava os investidores atentos os rumos das investigações envolvendo Temer no STF (Supremo Tribunal Federal).


Ainda na agenda política, há o julgamento do pedido de prisão contra o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), formulado pela Procuradoria-Geral da República, também no STF.


"O apoio da bancada do PSDB é tido como frágil visto que o desembarque da sigla pode acontecer a qualquer momento", comentou a Correparti Corretora em relatório.

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