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Sublevação

04/09/2017 - 05h37

Raquel Anderson

Tudo é desigual, há a premissa certificada de que o entendimento é existente, a coisa posta. 

Robotizada humanidade submissa ao belo, qual belo? 


Dos orifícios saem realidades das negações engolidas de uma ignorada espécie, à margem da taxonomia.

Em glosas extraídas do sofrimento, rimam dor com esquecimento e a (re)existência incontida de atravessar os dias sem perceber que a contagem é regressiva, que a maioria é esquecida, portadora da força (des)necessária que c...onsolida as crueldades, enlaçadas em movimentos temporais, pseudoexistenciais. 


Dias e ano(u)s expostos em números, cédulas, dados, dardos...


Panem et circenses, a lona arriada, migalhas na estrada, tudo é datado, gente, tempo, relação, êxito, opinião. 


No desvão da vida, habita a infância, brinca por entre os caibros, dá gargalhadas no escorrega dos telhados, encharcados pelas chuvas de lágrimas que os adúlt(os)eros derramam, permanece acima do forro das mediocridades, pula amarelinha na massa de ar desse desvão e tatua a sua alegria no imaginário de todos, de tolos, cumpre o papel da nostalgia, encoraja e (re)anima, sustenta, amolece.


Resta a sublevação com o seu movimento desconexo a convulsionar o estado, o momento, o tempo. 

Tempo ávido pela igualdade, cuja supremacia e incontestável poder, não deu conta, não paga conta, não tem tempo para as igualdades!

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