É esquisito ter que fazer bonito
Para não levar mais um pito
Abafar o grito...
Conter o agito
Adequar-se a modelos finitos
É libertário o escracho do cio da cadela
É uma quimera ingenuidade debruçada na janela
É empoderamento desfilar de Anabela
É legítmo sonhar nas currutelas
É entediante ter que ser bela
Na exigência perpétua da elegância francesa
Há uma verdade chinesa
Um padrão de beleza que exige leveza
Uma necessidade de delicadeza
Conflitos de fêmeas com incertezas
Rimas aleatórias que desconstroem padrões
Mulheres exploradas por machões
É proibido proferir palavrões
Há que se ter ponderações
Sonhos contidos das carícias dos negões
No dia a dia da mulher reside a essência
De bancar sua presença e ser o que se quer
Enfrentar a vida no que lhe aprouver
A gostosura de fazer o que quiser
Esfregar na cara do mundo a gosma vaginal que tiver