Saudade que dói, dor que sufoca
Nó na garganta, interrogação sem resposta
Olhos de cacimba, paralisados em poça
"Faz essa mágica funcionar"
Já que eu não consigo me conformar...
Legado eterno, letras cravadas na imensidão
"Boa e velha história", canções gravadas no coração
Nas mochilas da vida,levou poemas em forma de oração
É doida a dor da falta que faz, quem acolhemos como irmão
Nos trilhos da terra deixou-nos com os olhos distantes e o aceno na mão
Homenagens emocionam, unem amigos, fãs e a multidão
A vida sem pressa se apressa, não há explicação
A tristeza nos atormentou naquela manhã de verão
Atônitos nos despedimos, inconformados ficamos na estação
Seguimos porque a vida segue, sem fecundarmos o chão
Mais que o dia, a vida é de amargar
O tempo passa, é preciso superar
Saudade mata a gente, "eu só consigo pensar"
Há verdades que parecem mentiras
É a crueldade da vida a nos desafiar
Das lágrimas extraímos águas fortes, feito cachoeira
Ciladas da vida não são coisas passageiras
É preciso altivez, postura altaneira
Quem tem amor enfrenta a saudade
É missão para a alma pantaneira
Amor se escancara, saudade se exala
Rasga-se o peito, nada importa
Saudade não escolhe hora, lágrima molha a cara
Admiração não muda a rota
O rumo é certeiro, tem nome, Geraldo Roca!